Hoje num mundo individualista
Não existe espaço para a comensalidade
Isto devido a fatores que levam
Os homens a endurecerem os corações.
Tal endurecimento é marca do processo
Excludente que vivemos
Logo os seres humanos levam a lógica
Do capital para suas vidas.
Pena que temos de assistir tal realidade
Num verdadeiro estado de impotência
Frente ao caráter vil de nossa
Sociedade lamentável, sem espírito
De comensalidade.
( Márcio Almeida )
terça-feira, 6 de julho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
O mito do aluno perfeito
Marcio C. Almeida
Professor e historiador
Certo dia lendo o livro do genial e célebre historiador inglês Eric Hobsbawn, chamado “sobre a história”, fui tocado por uma passagem do livro logo no primeiro capítulo, a mesma tratava –se de uma passagem entre o autor e seu professor quando o mesmo concluía seus estudos universitários, preparando – se para ser professor, ou seja, para exercer a nobre arte de lecionar, esta foi a seguinte:
“As pessoas em função das quais você está lá”, disse meu próprio professor, “ não são estudantes brilhantes como você. São estudantes comuns com opiniões maçantes, que obtêm graus medíocres na faixa inferior das notas baixas, e cujas respostas nos exames são quase iguais. Os que obtêm as melhores notas cuidarão de si mesmos, ainda que seja para eles que você gostará de lecionar. Os outros são os únicos que precisam de você”.
Lendo este relato podemos ter a seguinte reação: “poxa estou condenado a lecionar para a escória da sociedade”, pois trazendo isto para a realidade educacional brasileira, aonde 87% da população é atendida pela rede pública de ensino e excetuando – se as escolas federais que atendem a classe média e alta, as redes municipais e estaduais de todo o Brasil as camadas mais baixas da população brasileira e os pobres e os negros em particular, estes foram vistos na maior parte da história deste país como a escória da sociedade, isto ainda perdura em pleno século XXI, mesmo levando em consideração as melhorias em termos de conscientização nos últimos anos. Entretanto podemos observar o mesmo relato de outra maneira, considerando que os alunos geniais precisam menos do nosso auxilio, pois detém maior autonomia intelectual, cabe a nós professores levar a estes que são excluídos em nossa sociedade o conhecimento, apresentado o mundo do saber aos mesmos para que possam atuar de maneira determinante na sociedade, estes verdadeiramente necessitam de nós, esta reflexão também ajuda a reduzir a força do mito do aluno perfeito, pois muitos de nós professor sempre valorizamos o aluno quieto, arrumadinho, em suma damos crédito ao protótipo perfeito, entretanto este aluno nem sempre atinge o mínimo necessário do ponto de vista do aprendizado para avançar para serie ou ciclo seguinte, do mesmo modo que muitos alunos que não se enquadram no protótipo ideal descrito acima detém bom rendimento escolar, entretanto podem não ter um comportamento muito condizente com o ambiente escolar o que leva muitos docentes a não ter muita benevolência com este tipo de aluno ao contrário do modelo oposto.
Em face disto o relato do Hobsbawn torna – se pertinente para a nossa reflexão, pois mostra que criamos uma expectativa exagerada acerca dos alunos e mais, devotamos a nossa atenção aos alunos nos quais de certa maneira podemos visualizar a nós mesmos, entretanto como fica aquele aluno que nunca recebeu um elogio nosso este que não enquadra – se no mito criado por nós professores ao longo da história educacional do Brasil, são justamente os que mais precisam do nosso entusiasmo, exemplo, dedicação e tudo dentro do possível. Agora não podemos ser escravos deste mito pelo fato deste muita das vezes levar à nós docentes cometer injustiças, isto porque a maioria da clientela que temos na escola pública não se enquadra no mitológico perfil, logo tornam – se párias nas unidades de ensino, tratadas com desprezo nos conselhos de classe e etc. claro que não estou defendendo os alunos desinteressados, mas sim aqueles que querem algo, entretanto não sabem como atingir tal objetivo, portanto amigos, companheiros, enfim, heróis docentes vamos procurar olhar com maior carinho para aqueles que não tem a atenção de ninguém, nem da sociedade, muito menos da família, restando apenas a nós professores como última esperança de que sejam ouvidos, termino este reflexão com a célebre frase de Pitágoras: “eduquem as crianças hoje para não punir os homens amanha”.
Cabe a nós tamanha tarefa.
Deleites eróticos

Marcio C. Almeida
Históriador
Outro dia folheando a revista playboy aonde a estrela do mês é a lia, esta foi uma das participantes do BBB e segundo informações não precisou de retoques nas fotos, aliás, muito bonitas, para desespero da inveja feminina que veio a cabeça seguinte reflexão, como é prazeroso ver algo erótico que não apele para a pornografia pura e simples, ou seja, o ensaio desta menina foi ao encontro da afirmativa de Platão: “Eros é tudo aquilo que traz bens e felicidade”, em face disto ao folhear a respectiva revista temos um sensação hedonista, algo que nos provoca prazer, entretanto não é apelativo, portanto o ensaio vai cativando ao longo da observação, diferente de uma revista concorrente, aonde com raras exceções tem um claro apelo pornográfico, outro exemplo são os filmes pornôs, tem um ditado popular que diz: “quem viu um viu todos”, isto porque os filmes do gênero são previsíveis, uma seqüência de cenas e imagens aonde a genitalidade é o ponto alto, aliás isso é fruto do caráter permissivo, grosseiro e brutalizado da sociedade atual, até os anos sessenta tínhamos uma sociedade assentada no puritanismo, entretanto a partir da revolucionaria década as coisas começaram a mudar e os setores conservadores tentaram conter tais mudanças e o resultado foi uma abertura de caráter permissivo, ou seja, saímos de um extremo ao outro, nesta a perspectiva erótica continuou relegada a condição tanatos, pois tanto o puritanismo quanto o permissivismo são grosseiros, sendo ambos autoritários, o primeiro por castrar toda poesia, todo deleite e prazer sobre as coisas belas da vida, o segundo por reduzir o erótico a mera genitalidade provocando uma falsa sensação de liberdade.
Em face disto ensaios como esses proporcionam um deleite hedonista, algo muito parecido com tomar um bom vinho, beber uma boêmia bem gelada na beira da praia, ler um livro, coisas que provocam prazer nas pessoas, dando uma gostosa sensação de bem estar, ensaios como estes nos mostram a diferenças entre o erótico e o pornográfico, o primeiro repousa no campo da sofisticação, da sensibilidade, requinte e etc, o segundo encontra-se no espectro da grosseria, da genitalidade e da mera animalidade, infelizmente as relações atuais na grande maioria estão dentro de um caráter embrutecido, sem o mínimo espaço para o encantamento. Logo podemos perceber que o erótico é algo libertador, democrático, profano, o respectivo ensaio nos mostra que podemos admirar com prazer hedonista as belas coisas da vida, podemos nos deleitar com o erótico sem achar que seremos punidos por algo maior do que nós, pois o mesmo é tudo que proporciona bem estar, portanto que possamos apreciaro belo, deleitarmos com o erótico para que este seja um verdadeiramente erótico e a menina da foto acima valida prazerosamente a nossa tese.
Outro dia folheando a revista playboy aonde a estrela do mês é a lia, esta foi uma das participantes do BBB e segundo informações não precisou de retoques nas fotos, aliás, muito bonitas, para desespero da inveja feminina que veio a cabeça seguinte reflexão, como é prazeroso ver algo erótico que não apele para a pornografia pura e simples, ou seja, o ensaio desta menina foi ao encontro da afirmativa de Platão: “Eros é tudo aquilo que traz bens e felicidade”, em face disto ao folhear a respectiva revista temos um sensação hedonista, algo que nos provoca prazer, entretanto não é apelativo, portanto o ensaio vai cativando ao longo da observação, diferente de uma revista concorrente, aonde com raras exceções tem um claro apelo pornográfico, outro exemplo são os filmes pornôs, tem um ditado popular que diz: “quem viu um viu todos”, isto porque os filmes do gênero são previsíveis, uma seqüência de cenas e imagens aonde a genitalidade é o ponto alto, aliás isso é fruto do caráter permissivo, grosseiro e brutalizado da sociedade atual, até os anos sessenta tínhamos uma sociedade assentada no puritanismo, entretanto a partir da revolucionaria década as coisas começaram a mudar e os setores conservadores tentaram conter tais mudanças e o resultado foi uma abertura de caráter permissivo, ou seja, saímos de um extremo ao outro, nesta a perspectiva erótica continuou relegada a condição tanatos, pois tanto o puritanismo quanto o permissivismo são grosseiros, sendo ambos autoritários, o primeiro por castrar toda poesia, todo deleite e prazer sobre as coisas belas da vida, o segundo por reduzir o erótico a mera genitalidade provocando uma falsa sensação de liberdade.
Em face disto ensaios como esses proporcionam um deleite hedonista, algo muito parecido com tomar um bom vinho, beber uma boêmia bem gelada na beira da praia, ler um livro, coisas que provocam prazer nas pessoas, dando uma gostosa sensação de bem estar, ensaios como estes nos mostram a diferenças entre o erótico e o pornográfico, o primeiro repousa no campo da sofisticação, da sensibilidade, requinte e etc, o segundo encontra-se no espectro da grosseria, da genitalidade e da mera animalidade, infelizmente as relações atuais na grande maioria estão dentro de um caráter embrutecido, sem o mínimo espaço para o encantamento. Logo podemos perceber que o erótico é algo libertador, democrático, profano, o respectivo ensaio nos mostra que podemos admirar com prazer hedonista as belas coisas da vida, podemos nos deleitar com o erótico sem achar que seremos punidos por algo maior do que nós, pois o mesmo é tudo que proporciona bem estar, portanto que possamos apreciaro belo, deleitarmos com o erótico para que este seja um verdadeiramente erótico e a menina da foto acima valida prazerosamente a nossa tese.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Chimangos e Caramurus no século XXI
Marcio Almeida - professor e Historiador.
Outro dia fiquei espantado com o grau de insipiência das pessoas, uns alunos certo dia fizeram a seguinte colocação “por que tenho que estudar história?”o respectivo professor da erudita disciplina respondeu: “a análise do passado e a chave da compreensão do presente”, nisto a aula seguiu seu curso normal, apesar de tais ocorrências me deixar espantado, afinal são alunos do ensino médio, acredita -se que tenham certa visão de mundo, saindo da escola passei numa banca de jornal e dei de cara com a seguinte notícia: “ Dilma passa Serra em pesquisa eleitoral”, algumas pessoas estavam discutindo a matéria, isto claro no tocante a manchete de capa, uns defendiam a candidata da situação, outros claro o da oposição, existia um que comentava acerca da terceira via, esta com a candidata dos verdes que preconiza um ecocapitalismo,esta tinha menos intenção de votos, entretanto um pouco de conhecimento histórico acalmaria a acalorada discussão, isto me fez lembrar a indagação feita pelos meus alunos em aula, a situação discutida pelas pessoas em volta da banca me levou ao período regencial da história brasileira, aonde os grupos políticos lutavam ferozmente como nos dias atuais pelo poder.
Nestes dias regenciais tínhamos dois grupos dominantes, os chimangos e caramurus, estes a grosso modo, eram a elite dominante, entretanto tinham peculiaridades, os chimangos eram moderados da época, encontravam – se no poder e procuravam garantir os interesses das elites dominantes do país, mas antenada com as mudanças que estavam ocorrendo no mundo, os caramurus eram também pertencentes a mesma elite dominante, entretanto tinham uma visão retrógada, reacionária, portanto não queriam aceitar os ventos do progresso, pelo contrário queriam uma espécie de retorno ao período absoluto, entretanto estas divergências eram apenas em relação a aspectos da condução da política do país, pois quando era algo que ameaçava os interesses das elites as divergências eram postas de lado em nome da “ normalidade”, logo o principal inimigo das elites eram os liberais exaltados que exigiam mudanças profundas no país. Em nossos dias também temos chimangos, caramurus e exaltados, no primeiro grupo podemos alocar tanto o PT quanto o PSDB, primeiro porque estes possuiu o mesmo projeto de desenvolvimento, este de matriz capitalista, neoliberal, segundo a divergência é em torno da execução deste projeto de pais, os petistas entende que o estado deve orientar este projeto, em contrapartida os tucanos defendem que a iniciativa privada deve ser a protagonista do processo, ou seja, do desenvolvimento, terceiro nenhum dos dois partidos tem o objetivo de mexer na política econômica, esta de acordo com a economia de mercado, seguindo, portanto uma tendência mundial.
No segundo grupo poderíamos colocar o PMDB e o DEM, estes que simbolizam aquilo que existe de mais retrógado, vil e maquiavélico em termos de política, reis do fisiologismo político, defensores de regimes e movimentos reacionários, aonde temos como maior exemplo a ditadura civil – militar que existiu de 1964 – 85 no Brasil, principalmente o DEM que nada mais é do que a aintiga UDN e mesmo o PMDB que formou a oposição permitida pelos militares, ou seja, para inglês ver, portanto estes sempre tiveram no poder, mais grave ainda é termos no atual governo uma aliança poderosa entre PT – PMDB, assim como no governo tucano tivemos a dobradinha PSDB – DEM (este na época chamava – se Partido da Frente Liberal - PFL), em face disto podemos perceber que os defensores das elites sempre tiveram no poder, somado a isto temos o fato de um dos atuais defensores do status co ter deixado o discurso mais ideológicos para adotar uma linha menos contestadora, moderada, seguindo a linha de diversos partidos de esquerda, principalmente na Europa, ou seja, tiveram que adequar – se a economia de mercado, a grande questão é que o antigo partido da mudança encontra – se muito a vontade dentro do status co dominante, entretanto estes partidos logo unem forças ou abrandam o discurso quando algo ameaça os interesses dos mesmos, veja a questão do ficha suja ou limpa, fizeram tantas alterações que o projeto perdeu a essência, em face disto fica claro que as divergências entre os grupos é meramente em relação a condução política do país, entretanto fica a pergunta: quem seria os radicais? Acredito que nesta categoria poderíamos colocar o PSOL, PCB e principalmente os movimentos sociais, estes são os grandes opositores do projeto hegemônico em curso no país, em face disto podemos observar que as discussões em torno Dilma e Serra é meio que malhar em ferro frio, entretanto é inegável que a gestão Lula foi muito mais satisfatória do que as antecessoras, tanto que a oposição ficou sem discurso contra o atual governo, pois como criticar algo que eles preconizaram, ou seja, a economia de mercado, nisto eles são de fato chimangos e caramurus, isto mostrar como é importante o estudo de história, pois o mesmo proporciona uma capacidade única de compreensão acerca da realidade.
Nestes dias regenciais tínhamos dois grupos dominantes, os chimangos e caramurus, estes a grosso modo, eram a elite dominante, entretanto tinham peculiaridades, os chimangos eram moderados da época, encontravam – se no poder e procuravam garantir os interesses das elites dominantes do país, mas antenada com as mudanças que estavam ocorrendo no mundo, os caramurus eram também pertencentes a mesma elite dominante, entretanto tinham uma visão retrógada, reacionária, portanto não queriam aceitar os ventos do progresso, pelo contrário queriam uma espécie de retorno ao período absoluto, entretanto estas divergências eram apenas em relação a aspectos da condução da política do país, pois quando era algo que ameaçava os interesses das elites as divergências eram postas de lado em nome da “ normalidade”, logo o principal inimigo das elites eram os liberais exaltados que exigiam mudanças profundas no país. Em nossos dias também temos chimangos, caramurus e exaltados, no primeiro grupo podemos alocar tanto o PT quanto o PSDB, primeiro porque estes possuiu o mesmo projeto de desenvolvimento, este de matriz capitalista, neoliberal, segundo a divergência é em torno da execução deste projeto de pais, os petistas entende que o estado deve orientar este projeto, em contrapartida os tucanos defendem que a iniciativa privada deve ser a protagonista do processo, ou seja, do desenvolvimento, terceiro nenhum dos dois partidos tem o objetivo de mexer na política econômica, esta de acordo com a economia de mercado, seguindo, portanto uma tendência mundial.
No segundo grupo poderíamos colocar o PMDB e o DEM, estes que simbolizam aquilo que existe de mais retrógado, vil e maquiavélico em termos de política, reis do fisiologismo político, defensores de regimes e movimentos reacionários, aonde temos como maior exemplo a ditadura civil – militar que existiu de 1964 – 85 no Brasil, principalmente o DEM que nada mais é do que a aintiga UDN e mesmo o PMDB que formou a oposição permitida pelos militares, ou seja, para inglês ver, portanto estes sempre tiveram no poder, mais grave ainda é termos no atual governo uma aliança poderosa entre PT – PMDB, assim como no governo tucano tivemos a dobradinha PSDB – DEM (este na época chamava – se Partido da Frente Liberal - PFL), em face disto podemos perceber que os defensores das elites sempre tiveram no poder, somado a isto temos o fato de um dos atuais defensores do status co ter deixado o discurso mais ideológicos para adotar uma linha menos contestadora, moderada, seguindo a linha de diversos partidos de esquerda, principalmente na Europa, ou seja, tiveram que adequar – se a economia de mercado, a grande questão é que o antigo partido da mudança encontra – se muito a vontade dentro do status co dominante, entretanto estes partidos logo unem forças ou abrandam o discurso quando algo ameaça os interesses dos mesmos, veja a questão do ficha suja ou limpa, fizeram tantas alterações que o projeto perdeu a essência, em face disto fica claro que as divergências entre os grupos é meramente em relação a condução política do país, entretanto fica a pergunta: quem seria os radicais? Acredito que nesta categoria poderíamos colocar o PSOL, PCB e principalmente os movimentos sociais, estes são os grandes opositores do projeto hegemônico em curso no país, em face disto podemos observar que as discussões em torno Dilma e Serra é meio que malhar em ferro frio, entretanto é inegável que a gestão Lula foi muito mais satisfatória do que as antecessoras, tanto que a oposição ficou sem discurso contra o atual governo, pois como criticar algo que eles preconizaram, ou seja, a economia de mercado, nisto eles são de fato chimangos e caramurus, isto mostrar como é importante o estudo de história, pois o mesmo proporciona uma capacidade única de compreensão acerca da realidade.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Companheiro, que nada!

Governo prensa servidores grevistas
Animado com a decisão do STJ de considerar ilegal a greve do IBAMA, o governo aumenta a pressão contra os grevistas. Desde terça – feira, a AGU já entrou com ações semelhantes contra outras três categorias que cruzaram os braços no FNDE, ministério do trabalho e no ICMBio. Contando com aval do planalto, os advogados da união vão pedir a ilegalidade das greves da UnB e da secretaria de patrimônio da união.
A matéria publicada na última quinta – feira no panorama político do jornal o globo, este que é o principal veiculo de comunicação das elites dominantes do país, entoando com louvor os cantos em favor do capital , mostrou como o poder realmente muda as pessoas, altera ideologias, pois um governo de matriz “dita” liberal reprimir greves e manifestações é algo comum, agora tal conduta vir de um governo aonde o presidente pertence ao partido que coloca –se como representante dos trabalhadores é no mínimo hilário, nosso atual presidente notabilizou – se justamente por ter comandado greves que entraram para a história do país, como as greves do ABC paulista na passagem dos anos 70 para os 80, isto em plena ditadura militar, entretanto o PT toma a mesma atitude que por anos combateu, ou seja, a surdez do empregador em relação a ouvir as solicitações dos seus empregados, em suma a falta de sensibilidade do burguês e de seus representantes dentro do aparelho de estado frente as necessidades do trabalhador. O governo utiliza o STJ para classificar as greves e ou paralisações como algo ilegal, mas a carta magma brasileira garante a todo trabalhador direito de greve, inclusive aqueles pertencentes a iniciativa privada. O que mais espanta na atitude do governo é que o mesmo não procura escutar as reivindicações dos trabalhadores, isto para um partido que sempre colocou - se como defensor do interesse dos trabalhadores chega ser irônico, entretanto podemos ver o quanto que este governo, ou melhor, setores do mesmo estão comprometidos com o grande capital, percebemos que os lucros dos bancos cada vez mais altos, as grandes empresas lucrando cada vez mais, contrapondo – se a esta realidade as condições gerais do povo apesar do crescimento ainda são muito ruins, a penúria da classe média clássica e mesmo a homônima surgida no governo lula aonde frações mais empobrecidas subiram na pirâmide social recebe as migalhas da bonança, pois o melhor da festa continua nas mãos das elites agro – financistas dominantes do país.
Em face disto podemos perceber que os trabalhadores estão mais sozinhos do que nunca o silêncio das centrais sindicais frente à situação é no mínimo constrangedor, a judicialização das greves e das manifestações sociais é apenas uma das faces da criminalização dos movimentos sociais, literalmente estão rasgando a magma do país, ou seja, a constituição, portanto uma coisa é certa, o governo, o PT e sua corja de bajuladores pode ser qualquer coisa, entretanto companheiro, que nada!
Márcio C. Almeida - professor e historiador
domingo, 9 de maio de 2010
Meu gostoso palavrão

Num sábado destes da vida logo após ter acordado escutei algo que ainda dominado pelo irmão da morte na mitologia grega, ou seja, o sono me deixou espantado, a vizinha ao lado recitou um sonoro “ FILHA DA PUTA” assim neste termos antes das dez horas da manhã, lembro que minha noiva entrou no quarto e vendo minha cara de espanto perguntou: o que foi? Respondi você não ouviu a vizinha falou um sonoro...... nisto minha noiva me cortou dizendo“ liga não ela está xingando a própria filha” passado o espanto inicial este fato me fez lembra de um texto de Millôr Fernandes se não me engano, o título do mesmo era o valor do foda –se, também se não for esse o título do texto foda – se! Pois o sentido é como um palavrão é importante na vida humana, isto me fez correr para o leptop, aliás, nomezinho de veado esse, para escrever este texto que provavelmente se for lido por um ser politicamente correto, estes que inclusive estão muito em moda no Brasil, será motivo de horror, espanto e etc, mas e daí, quero que estas porras! Eta palavrão gostoso de falar, vão tudo para casa do caralho..... Este então é campeão entre as crianças e a galera com umas geladas na cabeça, outro também que é foda, opa! Mais um, este tenho certeza que foi criado para jogo de futebol, pois os amantes do esporte bretão no Brasil falam ele a todo minuto numa partida de futebol, este é o maior remédio anti – estresse em jogos, ou seja, o famoso vai se foder, este possui variações e combinações, em relação ao primeiro aspecto temos na variável não fode seu principal companheiro de manifestação puramente humana, em relação as combinações pergunto, quem num jogo de futebol nunca recitou a feliz combinação “ vai se foder ,filha da puta” juízes de futebol são as principais vitimas da mesma, esta confesso que recito em todos os jogos do mengão, outro que gosto muito de falar é o famoso “vai pro caralho” gozado percebi que o respectivo palavrão também é muito apreciado pelos adolescentes, observa uma conversa teem é caralho para lá é caralho para cá, em suma é muito caralho! Entre o pessoal da segurança publica um palavrão muito comum é o porra, aliás, acho que o porra é o palavrão mais democrático, pois o mesmo é recitado por todas as faixas etárias, um idoso puto com Lula porque o filho da puta não que dar a porra dos 7,7 % de aumento para os aposentados vai usar a seguinte combinação “ porra esse filho da puta está querendo foder os aposentados” as crianças adoram esta combinação “porra! é meu me dá” criança de comunidade, do subúrbio conhece palavrão na essência, a mulherada adora falar o porra também, principalmente para fazer chacota de homem, tem frase mais maligna do que “ porra, além de duro é broxa, mas olha o porra novamente, professores adoram a famosa redundância do porra com a famosa “ porra esta porra veio, em relação a aquele aluno chato, mala e rei da nota vermelha” percebe como o porra está em todas, um exercício, quando terminarem de ler este texto contem quantos porras foram citados, acho um palavrão super democrático e mais, geralmente é o primeiro palavrão que as crianças aprendem, presta atenção numa briga de criança, sempre surge aquela frase num misto de inocência e defesa “ para porra”! mais interessante ainda é a reação dos pais frente a um porra filial, “fulano! Tá falando palavrão filho da puta” caralho e ele está falando o que? Mantra hindu! Estou aguardando o dia que meus sobrinhos vão falar o primeiro porra da vida, até no congresso o palavrão rola solto assistam TV senado ou câmara para o senhores verem uma coisa, existe também à categoria de palavrões dramático - emotivo, nesta nenhum supera o “puta que pariu” se um vizinho avisa que alguém morreu logo o respectivo vem a tona, se você perde algo, novamente o singelo termo é citado, se você ganha algo, seja um dinheiro, uma promoção no trabalho ou aquele pessoal que você está paquerando um tempão é certo o individuo soltar o” puta que pariu”.
Existe ainda outros palavrões que se encaixam em varias categorias, no quesito ofensa acho que dois são letais o primeiro é o filho da puta, este curiosamente é muito apreciado pelas mães, gozado isso, aliás, este foi o caso presenciado auditivamente que provocou este texto, mas um tal de mãe xingar a si mesmo e a mãe dos outros, pois quando mulher esta com raiva do marido, namorado, noivo ou namorido, esta última um neologismo dos dois primeiros exemplos citados, qual o palavrão citado, ele mesmo é um tal de “cadê aquele filho da puta” ou “ aquele filho da puta está me enrolando” em relação aos filhos chega a ser mais contraditório ainda, acredito que tudo mundo que ler esse texto, quando criança deve ter passado por esta dúvida existencial, pois todos ouviram este porque não dizer mantra materno, ele é o famoso “seu filho da puta não está ouvindo sua mãe não” quando criança a dúvida era se minha me acusa de não está ouvindo ela me chamar, logo sou o filho da puta em questão, em face disto a mesma é minha mãe, bom quando um coleguinha chamava minha mãe de puta ficava furioso e queria bater no mesmo, entretanto achava um absurdo minha e outras também se intitularem putas quando xingavam suas respectivas crias, pois isto é muito contraditório, sempre aprendemos na infância que filho da puta é palavrão, mas elas viviam falando, o segundo palavrão que acho extremamente agressivo é o velho e raivoso “vai tomar no cú”, este aliás é muito comum em discussões femininas, quem nunca ouviu ou presenciou numa querela feminina o famoso mantra “vai tomar no cú piranha” aliás o termo piranha vale uma menção honrosa, pois é um palavrão que cala fundo na alma feminina, em relação ao termo discutido a famosa menção ao orifício traseiro também é campeã nas discussões futebolísticas e nos estádios de mesmo.
Agora existe um lugar aonde todos os palavrões citados até então são utilizados, este é curiosamente o enlace amoroso, pois é lá quando estamos despidos de corpo e alma que revelamos a faceta menos conhecida, quando colocamos toda a nossa humanidade, neste aspecto todos os palavrões são colocados em jogo dando um clima de fogosidade e desprendimento. Bom existem outros palavrões que não foram citados e entretanto entrariam tranquilamente neste análise, em face disto podemos dizer que falar palavrões é recurso da alma humana e cá entre nós provavelmente é a mais autentica das manifestações expressa pelos seres humanos, faz bem para a alma e como é bom falar palavrões de vez em quando, por isso é o meu gostoso palavrão.
Existe ainda outros palavrões que se encaixam em varias categorias, no quesito ofensa acho que dois são letais o primeiro é o filho da puta, este curiosamente é muito apreciado pelas mães, gozado isso, aliás, este foi o caso presenciado auditivamente que provocou este texto, mas um tal de mãe xingar a si mesmo e a mãe dos outros, pois quando mulher esta com raiva do marido, namorado, noivo ou namorido, esta última um neologismo dos dois primeiros exemplos citados, qual o palavrão citado, ele mesmo é um tal de “cadê aquele filho da puta” ou “ aquele filho da puta está me enrolando” em relação aos filhos chega a ser mais contraditório ainda, acredito que tudo mundo que ler esse texto, quando criança deve ter passado por esta dúvida existencial, pois todos ouviram este porque não dizer mantra materno, ele é o famoso “seu filho da puta não está ouvindo sua mãe não” quando criança a dúvida era se minha me acusa de não está ouvindo ela me chamar, logo sou o filho da puta em questão, em face disto a mesma é minha mãe, bom quando um coleguinha chamava minha mãe de puta ficava furioso e queria bater no mesmo, entretanto achava um absurdo minha e outras também se intitularem putas quando xingavam suas respectivas crias, pois isto é muito contraditório, sempre aprendemos na infância que filho da puta é palavrão, mas elas viviam falando, o segundo palavrão que acho extremamente agressivo é o velho e raivoso “vai tomar no cú”, este aliás é muito comum em discussões femininas, quem nunca ouviu ou presenciou numa querela feminina o famoso mantra “vai tomar no cú piranha” aliás o termo piranha vale uma menção honrosa, pois é um palavrão que cala fundo na alma feminina, em relação ao termo discutido a famosa menção ao orifício traseiro também é campeã nas discussões futebolísticas e nos estádios de mesmo.
Agora existe um lugar aonde todos os palavrões citados até então são utilizados, este é curiosamente o enlace amoroso, pois é lá quando estamos despidos de corpo e alma que revelamos a faceta menos conhecida, quando colocamos toda a nossa humanidade, neste aspecto todos os palavrões são colocados em jogo dando um clima de fogosidade e desprendimento. Bom existem outros palavrões que não foram citados e entretanto entrariam tranquilamente neste análise, em face disto podemos dizer que falar palavrões é recurso da alma humana e cá entre nós provavelmente é a mais autentica das manifestações expressa pelos seres humanos, faz bem para a alma e como é bom falar palavrões de vez em quando, por isso é o meu gostoso palavrão.
Márcio C. Almeida ( professor e historiador )
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
A onda vampiresca

Ultimamente estamos observando o fenômeno chamado crepúsculo, aonde nós assistimos a saga de um casal de jovens, mas o mesmo não é um casal comum, trata-se de uma composição entre um jovem rapaz vampiro e uma menina humana, tal folhetim vem prendendo a atenção da juventude e tornou – se um fenômeno cinematográfico e literário no mundo, o mesmo tem o mérito de levar parte da juventude para o mundo da literatura, pois os livros relacionados à saga dos vampiros ( crepúsculo, lua nova e etc) estão entre os mais vendidos nas livrarias.
Entretanto o enredo dos livros e filmes repousam no binômio amor – preconceito, buscando a inspiração no célebre Romeu e Julieta de Shakespeare. Este que por sua vez inspirou-se provavelmente no mito helênico[i] Píramo e Tisbe, tanto no mito como na obra do celebre teatrólogo inglês a questão central é o amor, assim como também é na saga de crepúsculo, somado a isso temos também o elemento de rejeição por parte das pessoas que convivem com os dois jovens flechados pelo deus do amor[ii], assim como podemos perceber também na peça de Shakeaspeare e no mito helênico. Logo podemos perceber que a velha e sempre atual temática do amor nunca sai de cena, somado a isso a autora do livro Stephenie Meyer foi muito feliz em direcionar essa temática ao público adolescente, isto porque é nesta faixa etária que os jovens têm os primeiros relacionamentos e porque não dizer amores ao mesmo tempo que também a maioria dos conflitos relacionados ao mesmo, estes geralmente travados com a família, grupo de amigos e etc. Além disto, os jovens se identificam com os personagens da saga de crepúsculo, assim como muitas gerações tiveram a mesma atitude em relação a Romeu e Julieta e como certamente muitos jovens da Grécia antiga foram contagiados pelo amor dos príncipes da babilônia[iii]. Podemos constatar que existe alguns temas que seja universais e estes atravessam os tempos, neste quesito a temática do amor é imbatível, este que proporciona visões completamente distintas acerca dos personagens envolvidos, como por exemplo, o relacionamento entre Aquiles e Pátroclo, estes dois heróis mitológicos da hélade[iv], na narrativa homérica[v] a relação entre os dois personagens da ilíada é marcadamente baseada naquilo que chamamos de “philia” ou amor amizade, em Ésquilo[vi], este autor da peça os “mirmidões” caracteriza o mesmo relacionamento como algo de cunho homoerótico.
Em face disto podemos concluir que a saga de crepúsculo veio com uma estética vampiresca trabalhar a consagrada temática do amor junto aos jovens, pois assim como os enamorados juvenis do mito a saga estaria dispostos a deram a própria vida pelo amor que sentem, muitos jovens também possui a mesma postura, isto explica de certo modo fascínio dos jovens pela saga de crepúsculo, porque no fundo tantos filmes quanto os livros trabalham a questão do amor juvenil, esta situação acabou provocando uma verdadeira onda vampiresca.
[i] Mito grego que relata o amor de dois jovens príncipes que termina em tragédia.
[ii] Trata – se do deus grego Eros que era conhecido como o deus do amor, este era filho da deusa Afrodite conhecida como a deusa do amor.
[iii] Relacionado à suposta origem dos príncipes, pois apesar do mito ser grego os personagens nasceram na Babilônia.
[iv] Outro nome pelo qual era conhecido o território grego.
[v] Trata –se do poeta aedo Homero a quem atribuem a autoria da ilíada e da odisséia, o primeiro fala do herói Aquiles na guerra de tróia, o segundo fala do herói Ulisses( em grego Odisseu) retornando do conflito contra os troianos.
[vi] Fala do teatrólogo e poeta grego Ésquilo autor da peça os mirmidões.
Entretanto o enredo dos livros e filmes repousam no binômio amor – preconceito, buscando a inspiração no célebre Romeu e Julieta de Shakespeare. Este que por sua vez inspirou-se provavelmente no mito helênico[i] Píramo e Tisbe, tanto no mito como na obra do celebre teatrólogo inglês a questão central é o amor, assim como também é na saga de crepúsculo, somado a isso temos também o elemento de rejeição por parte das pessoas que convivem com os dois jovens flechados pelo deus do amor[ii], assim como podemos perceber também na peça de Shakeaspeare e no mito helênico. Logo podemos perceber que a velha e sempre atual temática do amor nunca sai de cena, somado a isso a autora do livro Stephenie Meyer foi muito feliz em direcionar essa temática ao público adolescente, isto porque é nesta faixa etária que os jovens têm os primeiros relacionamentos e porque não dizer amores ao mesmo tempo que também a maioria dos conflitos relacionados ao mesmo, estes geralmente travados com a família, grupo de amigos e etc. Além disto, os jovens se identificam com os personagens da saga de crepúsculo, assim como muitas gerações tiveram a mesma atitude em relação a Romeu e Julieta e como certamente muitos jovens da Grécia antiga foram contagiados pelo amor dos príncipes da babilônia[iii]. Podemos constatar que existe alguns temas que seja universais e estes atravessam os tempos, neste quesito a temática do amor é imbatível, este que proporciona visões completamente distintas acerca dos personagens envolvidos, como por exemplo, o relacionamento entre Aquiles e Pátroclo, estes dois heróis mitológicos da hélade[iv], na narrativa homérica[v] a relação entre os dois personagens da ilíada é marcadamente baseada naquilo que chamamos de “philia” ou amor amizade, em Ésquilo[vi], este autor da peça os “mirmidões” caracteriza o mesmo relacionamento como algo de cunho homoerótico.
Em face disto podemos concluir que a saga de crepúsculo veio com uma estética vampiresca trabalhar a consagrada temática do amor junto aos jovens, pois assim como os enamorados juvenis do mito a saga estaria dispostos a deram a própria vida pelo amor que sentem, muitos jovens também possui a mesma postura, isto explica de certo modo fascínio dos jovens pela saga de crepúsculo, porque no fundo tantos filmes quanto os livros trabalham a questão do amor juvenil, esta situação acabou provocando uma verdadeira onda vampiresca.
[i] Mito grego que relata o amor de dois jovens príncipes que termina em tragédia.
[ii] Trata – se do deus grego Eros que era conhecido como o deus do amor, este era filho da deusa Afrodite conhecida como a deusa do amor.
[iii] Relacionado à suposta origem dos príncipes, pois apesar do mito ser grego os personagens nasceram na Babilônia.
[iv] Outro nome pelo qual era conhecido o território grego.
[v] Trata –se do poeta aedo Homero a quem atribuem a autoria da ilíada e da odisséia, o primeiro fala do herói Aquiles na guerra de tróia, o segundo fala do herói Ulisses( em grego Odisseu) retornando do conflito contra os troianos.
[vi] Fala do teatrólogo e poeta grego Ésquilo autor da peça os mirmidões.
Márcio Almeida - professor e historiador.
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