quarta-feira, 6 de julho de 2011

Greves do magistério pelo Brasil.






Marcio Almeida, professor e escritor.

Atualmente estamos observando um fenômeno no mínimo curioso, praticamente estamos assistindo greves do magistério em todo o Brasil, seja dos professores da educação básica ou superior, portanto estamos vendo uma insurreição dos docentes pelo Brasil, podemos apontar o fenômeno Amanda Gurgel como uma das causas próximas para o espocar de levantes pelo país, entretanto a causa distante e por extensão aquela que provocou toda esta convulsão é o sucateamento que a educação sofreu nas últimas décadas do século XX e na primeira do XXI, principalmente depois da onda neoliberal que passou a tratar a educação como mais uma mercadoria a ser comercializada, conferindo a mesmo a categoria de produto e sendo algo que você pode ter de acordo com aquilo que você possui de renda, isto é algo que vai totalmente contra a noção constituição que garante educação para todos e tem a mesma como direito, entretanto o avanço dos tentáculos do capital em direção ao setor, este que vem representado pela fundação Roberto Marinho, grupo abril, instituto Ayrton Senna, movimento todos pela escola entre outros tem por objetivo implantar a lógica privada na educação aonde a mesma tem que produzir, daí as tentativas de homogeneização curricular, desonsiderando as particularidades de ordem sociocultural, a autonomia docente e principalmente o projeto de longo prazo no qual é pautado a educação.

Em face disto estamos assistindo a uma verdadeira insurreição docente pelo país, pois essa lógica esbarrou na combatividade docente contra estas medidas e os resultados estão sendo vistos na mídia que, diga – se de passagem, vem boicotando sistematicamente as manifestações docentes pelo país, temos como o exemplo a greve dos professores que completou um mês e agora começa a ser melhor acompanhada pela grande mídia, esta clara defensora do grande capital, portanto esta serie de levantes do magistério pelo Brasil não apenas uma luta por salário, mas sim uma luta por melhores condições de trabalho, contra a presença destes empresários da educação, contra a lógica privatista de um ensino básico, privando as classes populares de ter acesso ao que existe demais sofisticado em ter de educação e principalmente terem a oportunidade de escolher.




manifestantes sentados como forma de protesto no RJ