domingo, 9 de maio de 2010

Meu gostoso palavrão















Num sábado destes da vida logo após ter acordado escutei algo que ainda dominado pelo irmão da morte na mitologia grega, ou seja, o sono me deixou espantado, a vizinha ao lado recitou um sonoro “ FILHA DA PUTA” assim neste termos antes das dez horas da manhã, lembro que minha noiva entrou no quarto e vendo minha cara de espanto perguntou: o que foi? Respondi você não ouviu a vizinha falou um sonoro...... nisto minha noiva me cortou dizendo“ liga não ela está xingando a própria filha” passado o espanto inicial este fato me fez lembra de um texto de Millôr Fernandes se não me engano, o título do mesmo era o valor do foda –se, também se não for esse o título do texto foda – se! Pois o sentido é como um palavrão é importante na vida humana, isto me fez correr para o leptop, aliás, nomezinho de veado esse, para escrever este texto que provavelmente se for lido por um ser politicamente correto, estes que inclusive estão muito em moda no Brasil, será motivo de horror, espanto e etc, mas e daí, quero que estas porras! Eta palavrão gostoso de falar, vão tudo para casa do caralho..... Este então é campeão entre as crianças e a galera com umas geladas na cabeça, outro também que é foda, opa! Mais um, este tenho certeza que foi criado para jogo de futebol, pois os amantes do esporte bretão no Brasil falam ele a todo minuto numa partida de futebol, este é o maior remédio anti – estresse em jogos, ou seja, o famoso vai se foder, este possui variações e combinações, em relação ao primeiro aspecto temos na variável não fode seu principal companheiro de manifestação puramente humana, em relação as combinações pergunto, quem num jogo de futebol nunca recitou a feliz combinação “ vai se foder ,filha da puta” juízes de futebol são as principais vitimas da mesma, esta confesso que recito em todos os jogos do mengão, outro que gosto muito de falar é o famoso “vai pro caralho” gozado percebi que o respectivo palavrão também é muito apreciado pelos adolescentes, observa uma conversa teem é caralho para lá é caralho para cá, em suma é muito caralho! Entre o pessoal da segurança publica um palavrão muito comum é o porra, aliás, acho que o porra é o palavrão mais democrático, pois o mesmo é recitado por todas as faixas etárias, um idoso puto com Lula porque o filho da puta não que dar a porra dos 7,7 % de aumento para os aposentados vai usar a seguinte combinação “ porra esse filho da puta está querendo foder os aposentados” as crianças adoram esta combinação “porra! é meu me dá” criança de comunidade, do subúrbio conhece palavrão na essência, a mulherada adora falar o porra também, principalmente para fazer chacota de homem, tem frase mais maligna do que “ porra, além de duro é broxa, mas olha o porra novamente, professores adoram a famosa redundância do porra com a famosa “ porra esta porra veio, em relação a aquele aluno chato, mala e rei da nota vermelha” percebe como o porra está em todas, um exercício, quando terminarem de ler este texto contem quantos porras foram citados, acho um palavrão super democrático e mais, geralmente é o primeiro palavrão que as crianças aprendem, presta atenção numa briga de criança, sempre surge aquela frase num misto de inocência e defesa “ para porra”! mais interessante ainda é a reação dos pais frente a um porra filial, “fulano! Tá falando palavrão filho da puta” caralho e ele está falando o que? Mantra hindu! Estou aguardando o dia que meus sobrinhos vão falar o primeiro porra da vida, até no congresso o palavrão rola solto assistam TV senado ou câmara para o senhores verem uma coisa, existe também à categoria de palavrões dramático - emotivo, nesta nenhum supera o “puta que pariu” se um vizinho avisa que alguém morreu logo o respectivo vem a tona, se você perde algo, novamente o singelo termo é citado, se você ganha algo, seja um dinheiro, uma promoção no trabalho ou aquele pessoal que você está paquerando um tempão é certo o individuo soltar o” puta que pariu”.
Existe ainda outros palavrões que se encaixam em varias categorias, no quesito ofensa acho que dois são letais o primeiro é o filho da puta, este curiosamente é muito apreciado pelas mães, gozado isso, aliás, este foi o caso presenciado auditivamente que provocou este texto, mas um tal de mãe xingar a si mesmo e a mãe dos outros, pois quando mulher esta com raiva do marido, namorado, noivo ou namorido, esta última um neologismo dos dois primeiros exemplos citados, qual o palavrão citado, ele mesmo é um tal de “cadê aquele filho da puta” ou “ aquele filho da puta está me enrolando” em relação aos filhos chega a ser mais contraditório ainda, acredito que tudo mundo que ler esse texto, quando criança deve ter passado por esta dúvida existencial, pois todos ouviram este porque não dizer mantra materno, ele é o famoso “seu filho da puta não está ouvindo sua mãe não” quando criança a dúvida era se minha me acusa de não está ouvindo ela me chamar, logo sou o filho da puta em questão, em face disto a mesma é minha mãe, bom quando um coleguinha chamava minha mãe de puta ficava furioso e queria bater no mesmo, entretanto achava um absurdo minha e outras também se intitularem putas quando xingavam suas respectivas crias, pois isto é muito contraditório, sempre aprendemos na infância que filho da puta é palavrão, mas elas viviam falando, o segundo palavrão que acho extremamente agressivo é o velho e raivoso “vai tomar no cú”, este aliás é muito comum em discussões femininas, quem nunca ouviu ou presenciou numa querela feminina o famoso mantra “vai tomar no cú piranha” aliás o termo piranha vale uma menção honrosa, pois é um palavrão que cala fundo na alma feminina, em relação ao termo discutido a famosa menção ao orifício traseiro também é campeã nas discussões futebolísticas e nos estádios de mesmo.

Agora existe um lugar aonde todos os palavrões citados até então são utilizados, este é curiosamente o enlace amoroso, pois é lá quando estamos despidos de corpo e alma que revelamos a faceta menos conhecida, quando colocamos toda a nossa humanidade, neste aspecto todos os palavrões são colocados em jogo dando um clima de fogosidade e desprendimento. Bom existem outros palavrões que não foram citados e entretanto entrariam tranquilamente neste análise, em face disto podemos dizer que falar palavrões é recurso da alma humana e cá entre nós provavelmente é a mais autentica das manifestações expressa pelos seres humanos, faz bem para a alma e como é bom falar palavrões de vez em quando, por isso é o meu gostoso palavrão.


Márcio C. Almeida ( professor e historiador )

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