quinta-feira, 17 de junho de 2010

Deleites eróticos


Marcio C. Almeida

Históriador
Outro dia folheando a revista playboy aonde a estrela do mês é a lia, esta foi uma das participantes do BBB e segundo informações não precisou de retoques nas fotos, aliás, muito bonitas, para desespero da inveja feminina que veio a cabeça seguinte reflexão, como é prazeroso ver algo erótico que não apele para a pornografia pura e simples, ou seja, o ensaio desta menina foi ao encontro da afirmativa de Platão: “Eros é tudo aquilo que traz bens e felicidade”, em face disto ao folhear a respectiva revista temos um sensação hedonista, algo que nos provoca prazer, entretanto não é apelativo, portanto o ensaio vai cativando ao longo da observação, diferente de uma revista concorrente, aonde com raras exceções tem um claro apelo pornográfico, outro exemplo são os filmes pornôs, tem um ditado popular que diz: “quem viu um viu todos”, isto porque os filmes do gênero são previsíveis, uma seqüência de cenas e imagens aonde a genitalidade é o ponto alto, aliás isso é fruto do caráter permissivo, grosseiro e brutalizado da sociedade atual, até os anos sessenta tínhamos uma sociedade assentada no puritanismo, entretanto a partir da revolucionaria década as coisas começaram a mudar e os setores conservadores tentaram conter tais mudanças e o resultado foi uma abertura de caráter permissivo, ou seja, saímos de um extremo ao outro, nesta a perspectiva erótica continuou relegada a condição tanatos, pois tanto o puritanismo quanto o permissivismo são grosseiros, sendo ambos autoritários, o primeiro por castrar toda poesia, todo deleite e prazer sobre as coisas belas da vida, o segundo por reduzir o erótico a mera genitalidade provocando uma falsa sensação de liberdade.
Em face disto ensaios como esses proporcionam um deleite hedonista, algo muito parecido com tomar um bom vinho, beber uma boêmia bem gelada na beira da praia, ler um livro, coisas que provocam prazer nas pessoas, dando uma gostosa sensação de bem estar, ensaios como estes nos mostram a diferenças entre o erótico e o pornográfico, o primeiro repousa no campo da sofisticação, da sensibilidade, requinte e etc, o segundo encontra-se no espectro da grosseria, da genitalidade e da mera animalidade, infelizmente as relações atuais na grande maioria estão dentro de um caráter embrutecido, sem o mínimo espaço para o encantamento. Logo podemos perceber que o erótico é algo libertador, democrático, profano, o respectivo ensaio nos mostra que podemos admirar com prazer hedonista as belas coisas da vida, podemos nos deleitar com o erótico sem achar que seremos punidos por algo maior do que nós, pois o mesmo é tudo que proporciona bem estar, portanto que possamos apreciaro belo, deleitarmos com o erótico para que este seja um verdadeiramente erótico e a menina da foto acima valida prazerosamente a nossa tese.

3 comentários:

ÉDER_GEO disse...

Elogios ao grupo abril companheiro?

ÉDER_GEO disse...

Sobre o erótico e o pornográfico, vc tá platônico de mais... louvamos o mundo das idéias, mas não podemos esquecer que só a matéria existe, pensamento também é matéria. O pornográfico é uma importante expressão da natureza humana...

professor MárcioMCA disse...

Não podemos negar que eles de vez em quando acertam em matéria de mulher, quanto ao platonismo da mesma forma que pensamento é matéria também não podemos abrir mão se um pouco de platonismo na vida, claro que não podemos levar tal pespectiva a ferro e fogo como a nosso amigo Platão. um abraço companheiro.