terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Estética e Erotismo


Recentemente navegando pela web fui arrastado para uma discussão inusitada, internautas não estavam gostando da capa da última de uma renomada revista, pois achavam que a mesma estava muito robotizada, realmente observando a pessoa em questão digamos que a mesma estava muito “musculosa” a modelo em questão chama –se Gracyanne Barbosa, esposa de um cantor famoso do mundo do pagode, isto despertou a reflexão deste texto, pois podemos estar assistindo uma mudança estética em nossa cultura.

Nós brasileiros gostamos de mulheres de corpos volumosos, não é a toa que mulheres como Viviane Araújo, Cléo Pires e outros volumosas povoam as mentes masculinas e ainda que muitos não saibam, pois isso é fruto de um longo processo estético, proporcionam um deleite erótico, faça o teste se você estive numa praia, pensem quais mulheres os homens são flagrados dando uma deleitosa observada, não na magrela exposta, mas sim na popular “popozuda” pois esta detém os dotes físicos que nos remete ao antigo mito da “morena mourisca” que foi introduzido em nossa cultura pelos portugueses, este que quando chegaram aqui no Brasil transferiram este mito para as mulheres indígenas e na seqüência do processo de dominação para a mulher africana dona de dotes para lá de avantajados, tal construção cultural enraizou –se em nosso povo, daí a reclamação de muitos internautas de que a modelo em questão não estava agradando, pois bem este novo paradigma de beleza está fazendo com que as mulheres brasileiras entrem num verdadeiro espiral de tortura, pois querem se adequar a um padrão estético que culturalmente não é nosso, algumas como no caso da modelo em questão beira a proximidade com fisiculturismo, quando na verdade beleza é algo cultural e a mesma portanto é heterogênea e não homogênea.

Esta realidade mostra que o nosso Eros não está aceitando determinado padrão estético, pois afronta o nosso que é uma herança cultural dos povos que nos constituíram, em face disto é preciso maior equilíbrio, entre aquilo que agrada si e a imposição estética que no fundo é uma imposição cultural.

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