quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Tipos distintos

A leitura do texto "os escritores" do célebre pensador alemão Artur Schopenhauer provocou uma reflexão acerca dos tipos de cristãos que observamos nas igrejas existentes,seja católica, protestantes ou pentecostais. Em relação ao tipo de escritores o filósofo cita três tipos, os que escreve livros plagiários, subjetivos e os originais, dentro das igrejas podemos detectar cristãos de diversos tipos, o primeiro é o mais comum, trata -se daquele cristão que aceita tudo que as instâncias superiores da hierarquia eclesiástica decreta como correto, verdadeiro e etc. Este tipo aceita uniteralmente as decisões vindas de cima, sem o mínimo de reflexão acerca das consequências que as mesmas tem para sua vida, tanto no sentido eclesial, quanto social, a justificativa para este tipo de conduta é que este indivíduos são tementes a Deus e obedientes à igreja a qual pertence, este tipo é bem vindo na medida em que este não questiona ou contesta o status quo estabelecido. O segundo é um indivíduo que procura agir de acordo com os ensinamentos oficiais da igreja, quando contesta é no sentido reacionário, pois recusa avanços que possibilite a modernização, coisas como maior participação do povo nas celebrações, maior autonomia nas questões de fé entre outras coisas são repudiadas por este tipo de cristão, em suma, é daquele que acha que toda mobilização deve ser tutelada pela hierarquia eclesiástica e que toda ação de vanguarda leva a um desapego a pontos fundamentais do cristianismo. Este cristão também é bem visto por setores mais conservadores da igreja, pois ele serve de contra - ponto em seguimentos religiosos mais, progressitas, humanistíco e etc. Também é um legitimador do status quo em correntes mais conservadoras das igrejas.
O terceiro tipo é aquele cristão que mediante apreensão de um vasto conhecimento sobre o cristianismo procura confrontar o mesmo com o saber laico, este cruzamento provoca uma reflexão profunda que leva este cristão a ter uma atitude crítica, em relação a igreja e a sociedade que vivemos, indivíduos deste tipo não são bem vindos nas igrejas devido a serem contestadoras da ordem vigente na sociedade e do status quo estabelecido nas igrejas, passa a ver o cristo aonde as pessoas não querem ir(penitenciárias, periferias, áreas carentes e etc). lamentavelmente é o tipo menos comum nas igrejas, pessoas que visam a transformação integral do ser humano, que contestam uma alienação disfarçada de obediência, em suma, procurando seguir a ética de Jesus que propunha um novo homem e uma nova mulher, portanto outra humanidade. Esta reflexão leva a todos nós a um olhar profundo sobre a nossa conduta na igreja e por extensão na sociedade, em qual arquétipo estamos sendo refletidos? somos a síntese dos três? cabe a cada um buscar a própria resposta, esta que deverá ser fruto de uma profunda reflexão e creio que a partir desta meditação fecunda surgirá um novo cristão, consciente da sua importãncia para construção de uma nova humanidade, cujo a gênese é a prposta de Jesus.

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